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Marcas com Memórias

Abro um caderno para tomar notas e algumas fotos, tiradas com uma máquina instantânea, caem das páginas. Aquela última viagem para ver a família está ali. A sensação é de nostalgia. Uma saudade de algo que se foi mas que ainda é vivo na pele, registrada para durar naquelas imagens.

Acessar a estas gavetas da memória constroem sentimentos, deixam marcas.


Como será que eu vou explicar para o meu filho o que hoje será passado? A gente pode assistir ao mesmo episódio de Friends e sentir como se fosse a primeira vez, mas o contexto histórico e o momento são diferentes. A realidade é outra. Não quer dizer que ele não irá gostar ou que achará graça. Vamos voltar para aquele lugar seguro. Revisitar o que faz bem. Contar sobre como era. Essa reação em cadeia vai fazer com que o nosso corpo se sinta bem também.


Registra-se um sorriso. É uma mensagem do meu irmão. Ele comprou um jogo de cartas holandês e divide comigo. Assisto ao vídeo de como se joga e me dá uma felicidade enorme ver aquelas pessoas se divertindo ao mesmo tempo em que penso que meu irmão também irá se divertir jogando com os amigos. Conforto. Segurança. Alegria. Compro. Será que terei amigos para jogar junto? Pode ser o propósito de um próximo encontro diferente com eles. Com propósito. Nada usual. Memorável.


Se é assim com a nossa vida, porque não com as Marcas?

Marcas. Que deixam marcas. Que produzem muito do que faz sentido para as pessoas. Marcas que contribuem para um universo coletivo de memórias únicas. Que marca uma marca quer deixar?


O primeiro sutiã. A bebida do urso. A rede social. Marcas têm o poder de entrar na vida das pessoas, fazê-las sentir arrepios, criar memórias sensoriais. Mas nem todas fazem isso. Nem todas tem um propósito. Nem todas marcam presença. Só as que marcam, criam memórias.




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